A simulação em saúde vem sendo cada vez mais utilizada em nosso meio para o ensino, o treinamento e a avaliação de competências. A sua utilização não se restringe apenas a questões técnicas, mas abrange também questões comportamentais, tomada de decisões, gerenciamento de riscos, gestão em saúde e avaliação da capacidade de trabalho em equipe.
No entanto, um design instrucional específico para a simulação em saúde ainda está em debate. Ou seja, a concepção do sistema de ensino-aprendizagem e seus aspectos operacionais, sistemas de avaliação, seleção de métodos, meios instrucionais e projeto de materiais instrucionais a serem adquiridos ou elaborados na simulação ainda estão sendo construídos. Porém, muitas interpretações sobre a simulação são feitas, por vezes, devido a razões, talvez, ilegítimas. Confundir o simulador, a tecnologia e a sua qualidade com um método educacional pode ser considerado uma deslealdade intelectual. Ferramentas sofisticadas não significam qualidade de ensino ou método de educação. Observa-se essa prática quando escolas de Medicina são abertas de forma indiscriminada, balizando seu projeto educacional em uma grande tecnologia desprovida de recursos humanos.